Análise estratigráfica e evolução geodinâmica da “Sequência Transicional” na porção sul da Bacia de Sergipe-Alagoas

Autores

  • Liliane Rabêlo Cruz Petrobras
  • Valéria Centurion Córdoba Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Emanuel Ferraz Jardim de Sá Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Sequência Transicional, evolução geodinâmica, análise estratigráfica, evaporitos, Bacia de Sergipe-Alagoas

Resumo

Este trabalho sintetiza a análise estratigráfica e as considerações a respeito da atividade tectônica e dos processos de subsidência que controlaram a deposição da “Sequência Transicional” (o termo será utilizado entre aspas face às indefinições associadas) na Sub-bacia de Sergipe (SBSE), sul da Bacia de Sergipe- Alagoas, durante o Neoaptiano (Alagoas superior), período de transição entre os estágios evolutivos rifte e drifte, nesta bacia.
A análise estratigráfica de poços permitiu o reco-nhecimento de cinco sequências deposicionais de 3ª ordem, depositadas em condições progressivamente menos restritas, que evoluíram de sistemas siliciclásti-cos continentais para sistemas lagunares-evaporíticos e, por fim, para sistemas marinhos restritos, indican-do um aumento do nível de base. Em um ciclo de 2ª ordem, a “Sequência Transicional” representa a deposição em um flanco de subida relativa do nível de base, representando a deposição inicial de um trato de sistemas transgressivo, cuja passagem para a Sequência Marinha Transgressiva, sobreposta,estaria marcada por um afogamento. Em um ciclo de 3ª ordem, esta passagem é balizada por uma discordância local, que passa lateralmente a uma concordância correlativa. 
Interpreta-se tal discordância como equivalente à discordância de breakup, de idade pré-albiana na SBSE, a qual contrasta com a maior expressão (em especial, pelo caráter angular) da Discordância Pré- Alagoas superior (DPAL), na base da “Sequência Transicional”, comumente referida na literatura como a discordância de breakup. Mesmo assim, a Discordância Pré-Albiano é aqui favorecida como o marco da mudança de contexto deposicional e do ambiente tectônico (rifte-drifte) na SBSE. A deposição da “Sequência Transicional” teria ocorrido ao final do estágio rifte, com a entrada de um mar epicontinental avançando sobre um segmento de crosta continental ainda em distensão, controlada pela combinação das subsidências térmica e mecânica, esta última, então, em franco declínio.

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Publicado

2010-05-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CRUZ, Liliane Rabêlo; CÓRDOBA, Valéria Centurion; SÁ, Emanuel Ferraz Jardim de. Análise estratigráfica e evolução geodinâmica da “Sequência Transicional” na porção sul da Bacia de Sergipe-Alagoas . Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 31–49, 2010. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/107. Acesso em: 19 set. 2024.