Tipos de fontes associadas às suítes basálticas de Campos e de Pelotas (Sul-Sudeste) e modelos geodinâmicos de ruptura do Gondwana ocidental
Palavras-chave:
suítes basálticas, Bacia de Campos, Bacia de Pelotas, modelo geodinâmico, ruptura de GondwanaResumo
A área de estudo abrange os basaltos eocretáceos das bacias de Campos e de Pelotas (margens sul e sudeste do Brasil). A base da pesquisa é essencialmente geoquímica com a finalidade de gerar modelos de quantificação de fonte mantélica, mistura de fontes e associações geodinâmicas para os processos iniciais de ruptura do supercontinente Gondwana. As suítes basálticas das bacias de Campos e de Pelotas constituem séries transicionais de afinidade toleiítica.
Campos é representada por uma suíte: TiO2 = 1,20 ± 0,12% peso; Ti/Y = 272; e Pelotas, por duas suítes: baixo-TiO2 = 1,19 ± 0,02% peso; Ti/Y = 288, e alto-TiO2 = 2,10 ± 0,19% peso; Ti/Y = 387. Resultados dos cálculos de fusão em equilíbrio não modal mostram que a geração da razão La/YbN = 5,78 da suíte de Campos foi obtida a partir de 21% de fusão parcial de granada lherzolito. O mesmo modelo requereu uma fonte com menores quantidades de granada (fundida a 28%) para a geração da razão La/YbN da suíte de baixo-TiO2 da Bacia de Pelotas. Maiores quantidades de granada, e menor fusão parcial (22%),
foram necessárias para gerar a razão La/YbN da suíte alto-TiO2 da Bacia de Pelotas. O modelo binário simples mostra que as composições parentais de Campos e de Pelotas não podem ser produtos da mistura entre TC (Tristão da Cunha) e MLSC (manto litosférico subcontinental). Os melhores resultados obtidos apontam para uma participação do componente N-Morb na geração das suítes basálticas de Campos e de Pelotas (respectivamente, 61% e 93% de fusão parcial). Tristão da Cunha parece ter sido um componente importante para a geração da suíte basáltica da Bacia de Campos (a 39% de fusão parcial). Em Pelotas, o modelo aponta para uma contribuição restrita do MLSC.
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