Blocos basculados truncados por discordância angular: lições aprendidas em trapeamento combinado de hidrocarbonetos, Bacia do Ceará, Nordeste do Brasil

Autores

  • Otaviano da Cruz Pessoa Neto Petrobras

Palavras-chave:

trapas combinadas, blocos basculados, discordância angular, Bacia do Ceará

Resumo

Os campos de Atum e Curimã, situados na Sub-bacia de Mundaú, Bacia do Ceará, representam exemplos brasileiros clássicos de trapeamento combinado, propiciado pelo truncamento de blocos basculados por discordância angular. Em ambos os casos, blocos rotacionados da seção aptiana, estruturando rochas das formações Paracuru e Mundaú, encontram-se truncados no topo por discordância angular de idade neo-albiana, o que coloca os reservatórios aptianos em contato direto com os folhelhos da seção marinha transgressiva, garantindo a efetividade da retenção de hidrocarbonetos. Após a descoberta dos dois campos, cerca de 50 poços pioneiros foram perfurados na Bacia do Ceará, muitos dos quais perseguindo o mesmo modelo de trapeamento misto, sem sucesso comercial. Uma revisão recente dos fatores que levaram ao insucesso exploratório de vários destes poços apontou o fator retenção como responsável por grande parte dos insucessos. A ausência de truncamento por discordância angular, a justaposição, por falha ou discordância, de seções com altas razões arenito/folhelho e a erosão ou não-deposição da seção marinha transgressiva profunda (Albiano Superior - Turoniano) são alguns dos fatores que explicam a ineficiência da retenção neste tipo de trapa combinada. O objetivo, aqui, é relatar os resultados desta revisão e difundir as experiências da Petrobras com trapas mistas na Bacia do Ceará.

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Publicado

2004-05-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

PESSOA NETO , Otaviano da Cruz. Blocos basculados truncados por discordância angular: lições aprendidas em trapeamento combinado de hidrocarbonetos, Bacia do Ceará, Nordeste do Brasil . Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 59–71, 2004. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/190. Acesso em: 19 set. 2024.