Análise comparativa da peleogeologia dos litorais atlânticos brasileiro e africano
Resumo
Muitos profissionais de Geologia desconhecem a origem de certos conceitos. Por este motivo, em suas citações, não dão o devido crédito aos legítimos autores. Resgata-se, aqui, um trabalho fundamental para entender a evolução das bacias sedimentares brasileiras. Publicado em 1972, este artigo foi o primeiro em que se desenvolveu uma visão mais global da evolução das bacias conhecidas na época utilizando-se a tectônica de placas. Em certos detalhes, já está superado, muitas interpretações mudaram, mas as ideias básicas de evolução das bacias ainda são aceitas e utilizadas. É importante lembrar que não se dispunha de todos os dados atuais, e que certas feições – como o Graben de Pendência, por exemplo – não eram conhecidas. Era o início da exploração de bacias como as de Campos e Santos. As bases interpretativas deste trabalho foram desenvolvidas, em 1971, por um grupo de geólogos no SETUP (hoje CEN-NOR), Bahia. No ano seguinte, apresentou-se uma síntese do relatório original no XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) em Belém (Pará). Mas, por um lapso da comissão organizadora do evento, o trabalho não foi publicado nos anais do Congresso, só tendo sido editado como relatórios internos do DIDEP/SETUP/BA (1972) e do DEXPRO/Rio (1972). Para editar este trabalho no BGP, procurou-se manter a forma com que deveria ter sido publicado nos anais do Congresso. Também para facilitar a edição, não estão sendo publicadas as figuras 11 e 12, as tabelas estratigráficas das principais bacias brasileiras e suas correlatas africanas. Acredita-se que a compreensão do trabalho não será prejudicada. Desta forma, espera-se que sejam resgatados outros trabalhos de igual importância, que também permanecem desconhecidos dos geólogos brasileiros. (Originais recebidos em 19.05.93.)