Fácies e modelo deposicional do Fácies e modelo deposicional do Fácies e modelo deposicional do Canyon de Almada, Bacia de Almada, Bahia Almada, Bacia de Almada, Bahi

Autores

  • Roberto Salvador Francisco d'Avila Petrobras

Palavras-chave:

turbidito, canyon, Bacia de Almada, canal turbidítico, fluxo hiperpicnal

Resumo

Na porção continental da Bacia de Almada afloram rochas da Formação Urucutuca, cujos canais turbidíticos preencheram um canyon, hoje semi-exumado, encravado no embasamento e em rochas sedimentares pré-cenomanianas. O estudo de campo destes afloramentos e de testemunhos obtidos em furos adjacentes permitem o entendimento das fácies e processos que controlaram a deposição destes turbiditos canalizados, que são comparáveis aos reservatórios de dezenas de campos de petróleo no Brasil. O Canyon de Almada é um conduto submarino de origem tectônica, que foi ampliado pela repetida passagem de correntes de turbidez. Durante a fase rifte e o Albiano eventos compressivos reativaram antigas falhas NE e NW do embasamento como sistemas transcorrentes. A continuação destes esforços, do Cenomaniano ao Maastrichtiano, desenvolveu falhas normais que controlaram um canyon submarino que evoluía desde o continente, onde se formava um estuário entre montanhas, até a região profunda da bacia. O canyon recebeu sedimentos trazidos por inúmeras cheias fluviais catastróficas, oriundas das montanhas circundantes, que disparavam fluxos hiperpicnais que evoluíram como correntes de turbidez, provocando erosão do substrato e levando grande volume de sedimentos para a bacia. Parte da carga depositou-se no canyon, formando canais turbidíticos preenchidos por conglomerados e arenitos. Estes turbiditos, de moderada a alta eficiência, estão intercalados a pelitos de prodelta e a plumas túrbidas de baixa densidade, que em grande parte foram remobilizados como escorregamentos e fluxos dedetritos (depósitos caóticos). Os pelitos acumularamse dominantemente nas fases de sedimentação fluvial normal, quando o sedimento arenoso ficava retido junto à cabeceira do canyon, retrabalhados pelas marés na parte superior do estuário.

Downloads

Publicado

2004-11-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

D'AVILA, Roberto Salvador Francisco. Fácies e modelo deposicional do Fácies e modelo deposicional do Fácies e modelo deposicional do Canyon de Almada, Bacia de Almada, Bahia Almada, Bacia de Almada, Bahi. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 251–286, 2004. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/202. Acesso em: 19 set. 2024.