Paleoceanografia e a evolução do Atlântico Sul no Albiano
Palavras-chave:
Albiano, Atlântico Sul, estratigrafia, paleoceanografia, correlações globaisResumo
Um vasto acervo de informações e interpretações geoquímicas, geofísicas, sedimentológicas e paleontológicas, associado a analogias às condições atuais do Mar Vermelho, suportam a idéia de que o Atlântico Sul manteve-se biparticionado durante o final do Aptiano ao mesoalbiano. O lineamento formado pelo Alto de Florianópolis e a Dorsal de São Paulo constituía-se na barreira restritiva à circulação de água entre o Atlântico Sul Meridional (ASM) e Atlântico Sul Central (ASC), que só foi superada de modo efetivo no neo-albiano. Até en[1]tão, este último era alimentado fundamentalmente por águas vindas do Atlântico Norte, à época ligado ao Mar Tethys. O ASC esteve totalmente inserido num cinturão climático árido, submetido a um balanço hídrico negativo, enquanto no ASM dominava o padrão de circulação estuarino. A comparação de resultados de isótopos estáveis de carbono e oxigênio em carbonatos de diferentes regiões do planeta mostram que as águas do ASC eram mais quentes do que as que banhavam as Malvinas e as águas da região do Mar Tethys. A evolução sedimentar no ASC se fez em meio a profundas mudanças paleoceanográficas induzidas, principalmente, por fenômenos tectônicos globais li[1]gados à dinâmica de criação de crosta oceânica, que legaram a interligação marinha definitiva entre o Mar Tethys e o Índico, ao final do Albiano. Movimentações halocinéticas e variações orbitais foram responsáveis pelas oscilações do espaço deposicional, que proporcio[1]naram o empilhamento de dezenas de ciclos de shallowing-upward em diferentes magnitudes.
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