Influência do mecanismo de iniciação na dinâmica dos fluxos e na geometria dos depósitos gerados: observações obtidas a partir de estudo experimental de correntes de densidade não-conservativas

Autores

  • Rafael Manica Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

mecanismo de iniciação, correntes de turbidez, modelagem física, turbiditos

Resumo

A partir de 28 simulações experimentais de correntes de densidade não-conservativas realizadas no Núcleo de Estudos de Correntes de Densidade (NECOD), no Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, buscou-se avaliar os padrões de deposição gerados em duas condições distintas de iniciação da corrente: volume inicial fixo (alimentação instantânea por pulso) e volume variável (fluxo contínuo). Foi igualmente alvo de interesse verificar a influência da massa específica da mistura, do tipo de material e do diâmetro dos grãos no depósito gerado. Também foram avaliadas as características dinâmicas (velocidades de avanço) e geométricas (altura da cabeça e do corpo) da corrente para cada tipo de mecanismo de iniciação. A partir do tratamento e análise de imagens via computador e da coleta e análise granulométrica do material depositado, observou-se que: a velocidade da corrente aumenta à medida que a massa específica/concentração da mistura aumenta; a distribuição dos volumes de depósitos apresentou uma tendência geral de decaimento exponencial com a distância; a distribuição dos grãos indica uma segregação dos sedimentos, ao longo do comprimento, estando as frações maiores (correspondentes à areia fina), presentes nas zonas mais proximais do canal e com os grãos mais finos chegando até às regiões mais distais. Os resultados apresentados nas simulações mostram a eficiência da modelagem física no estudo dos depósitos turbidíticos, permitindo uma primeira comparação entre diferentes mecanismos de mobilização de sedimentos (causa) com os resultados (conseqüência).

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Publicado

2005-05-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

MANICA, Rafael. Influência do mecanismo de iniciação na dinâmica dos fluxos e na geometria dos depósitos gerados: observações obtidas a partir de estudo experimental de correntes de densidade não-conservativas. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 43–60, 2005. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/206. Acesso em: 19 set. 2024.