Tectônica, estratigrafia e sedimentação no Andar Aptiano da margem leste brasileira
Palavras-chave:
Alagoas, seqüência transicional, Atlântico Sul, AptianoResumo
Os principais aspectos tectônicos, estratigráficos e sedimentológicos do Andar Aptiano na margem leste do Brasil foram analisados a partir de dados de 28 poços perfurados pela Petrobras, incluindo a descrição de 750 m de testemunhos. O Andar Aptiano nas bacias estudadas (de Santos a Camamu-Almada) pode ser subdividido em dois pacotes com características tectono-sedimentares distintas. O Andar Aptiano Inferior (porção terminal do Andar Jiquiá e Andar Alagoas Inferior) é caracterizado por uma sedimentação predominantemente continental, com incursões marinhas que ocorreram durante o final da fase rifte. Neste período, houve um deslocamento da deformação crustal para as porções axiais do rifte, ocasionando uma exposição subaérea de extensas áreas proximais (discordância pré-Aptiano Superior). O Andar Aptiano Superior (genericamente correspondente ao Andar Alagoas Superior) é caracterizado por uma sedimentação marinha que ocorreu em ambiente de quiescência tectônica com falhamentos localizados. Neste período, a sedimentação continental foi predominante apenas nas porções proximais das bacias marginais. Nas porções mais distais os sedimentos foram depositados num ambiente marinho raso de um mar epicontinental. No final do Aptiano, um período de aridez associado à barreira representada pela Dorsal de São Paulo e pelo Alto de Florianópolis resultou na deposição de espesso pacote evaporítico (“Evento Ibura”). Os evaporitos, com espessuras de até 2 000 m no Platô de São Paulo, correspondem a um evento cuja duração foi estimada em cerca de 600.000 anos.
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