Séries naturais: aplicação no estudo da geração e expulsão do petróleo e no mapeamento de oil-kitchens

Autores

  • Félix Thadeu T. Gonçalves Petrobras

Resumo

O estudo de séries naturais aplicado às rochas geradoras consiste na análise integrada do comportamento dos parâmetros geoquímicos indicadores da geração e expulsão do petróleo em função da profundidade e do grau de maturação. Com isto é possível definir com maior precisão a localização e a extensão das oil-kitchen(s) de um sistema petrolífero. Para este estudo, são utilizados dados de análises rotineiras de carbono orgânico total (COT), pirólise Rock-Eval e petrografia orgânica (reflectância da vitrinita). A interpretação destes dados e dos parâmetros geoquímicos resultantes é apresentada resumidamente. Discute-se o comportamento teórico desses parâmetros com o aumento da maturação e as aplicações e limitações dos estudos de séries naturais. O emprego desta metodologia é exemplificado por dois estudos aplicados a rochas geradoras de bacias brasileiras: 1) folhelhos lacustres do Eocretáceo de uma bacia da costa leste e 2) folhelhos marinhos albo-cenomanianos de uma bacia marginal do nordeste. Nos dois casos, a análise conjunta dos dados permitiu definir o topo da janela de geração na profundidade a partir da qual os valores de COT, potencial gerador e índice de hidrogênio começam a diminuir, enquanto os valores de índice de produção (IP) e taxa de transformação (TT) a aumentar. A profundidade do início do processo de expulsão foi definida como sendo aquela em que as curvas de IP e TT divergem. Determinou-se, também, o nível de maturação (valores de Ro% e Tmax) correspondente
ao início da geração e da expulsão do petróleo de cada rocha geradora.

Publicado

1997-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

GONÇALVES, Félix Thadeu T. Séries naturais: aplicação no estudo da geração e expulsão do petróleo e no mapeamento de oil-kitchens. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1-2, p. 116–131, 1997. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/211. Acesso em: 19 set. 2024.