O Escorregamento Maricá – anatomia de um depósito de fluxo gravitacional de massa do Maastrichtiano, Bacia de Santos

Autores

  • Marco Antonio Carlotto Petrobras
  • Luiz Felipe Rodrigues Petrobras

Palavras-chave:

fluxo gravitacional de massa, escorregamento, Maastrichtiano, Bacia de Santos

Resumo

Dados sísmicos tridimensionais adquiridos em águas profundas da porção norte da Bacia de Santos revelaram, de maneira espetacular, um depósito de fluxo gravitacional de massa, posicionado estratigraficamente no Maastrichtiano. A deposição do corpo do Escorregamento Maricá foi condicionada por calhas controladas por diápiros de sal de direção N-S. Uma extensa muralha de sal, de direção W-E, serviu como barreira ao fluxo proveniente das regiões plataformais a norte/nordeste. Todos os principais elementos constituintes dos domínios proximal (escarpas proximais), translacional (superfícies de topo e base, escarpas laterais, blocos coerentes) e distal (rampa e thrusts frontais) foram identificados e descritos utilizando-se seções sísmicas, mapas estruturais e atributos sísmicos (como o de edge detection). Provavelmente, o principal mecanismo de disparo do fluxo tenha sido sobrecarga sedimentar causada por altas taxas de sedimentação deltaica na plataforma, sendo que escapes de gás podem ter atuado como mecanismo auxiliar da instabilização na região. O próprio fluxo de massa, pelo seu caráter catastrófico, pode ter sido o responsável pelo disparo de fluxos gravitacionais de sedimentos posteriores, com deposição de arenitos turbidíticos sobrepostos ao escorregamento.

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Publicado

2010-05-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CARLOTTO, Marco Antonio; RODRIGUES, Luiz Felipe. O Escorregamento Maricá – anatomia de um depósito de fluxo gravitacional de massa do Maastrichtiano, Bacia de Santos. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 51–67, 2010. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/245. Acesso em: 19 set. 2024.