Identificação do andar Campaniano por intermédio dos nanofósseis calcários: revisão e estado-da-arte
Resumo
Apresentam-se e discutem-se os principais pontos relativos à caracterização dos limites do Campaniano, assim como ilustram-se a evolução e o estado-da-arte dos conceitos concernentes ao seu reconhecimento, por intermédio dos nanofósseis calcários. A base do Campaniano, usualmente, é posicionada entre o surgimento de Aspidolithus parcus e as extinções de Lithastrinus griffii e/ou Marthasterites furcatus. Segundo a maioria dos autores, o nível de surgimento de Aspidolithus parcus seria coincidente com o limite Santoniano/Campaniano, ou, talvez, imediatamente abaixo deste. Já as extinções de Lithastrinus grillii e/ou
Marthasterites furcatus teriam ocorrido na parte mais antiga do Campaniano. O limite Campaniano/Maastrichtiano situa-se entre o surgimento e a extinção de Quadrum trifidum. Contudo, uma individualização mais precisa envolve outras espécies, algumas das quais possuem, para determinados pesquisadores, nível de extinção diácrono (p. ex. Eiftellithus eximius e Reinhardtites anthophorus). A identificação e delimitação do Campaniano na plataforma continental brasileira passaram por várias fases. Atualmente, acredita-se que o limite Santonianol Campaniano esteja melhor situado abaixo do nível de extinção de Marthasterites furcatus e/ou Lithastrinus grillii. Ao invés destes eventos biológicos terem ocorrido em tempos Campanianos como defendido por vários pesquisadores, as correlações com outros grupos fósseis (foraminíferos e palinomorfos) sugerem que tais extinções situar-se-iam próximas ao término do Santoniano. O limite superior do Campaniano foi inicialmente assinalado pela extinção de Aspidolithus parcus, passando. posteriormente, a ser indicado pela última ocorrência de Eiftellithus eximius. Atualmente, seguindo-se os conceitos divulgados pela literatura especializada em nanofósseis, acredita-se que o término do andar situa-se entre as duas extinções.
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