Depósitos de fluxos gravitacionais da Formação Maceió - Bacia de Alagoas, NE do Brasil
Resumo
Este trabalho, utilizando dados de afloramentos e de poços do Campo de Tabuleiro dos Martins (TM), discute os depósitos da Formação Maceió (Aptiano/Albiano), na transição rifte/drifte da Bacia de Alagoas. Estudos de fácies, processos, sistemas deposicionais, tratos de sistema e seqüências deposicionais permitiram o reconhecimento de depósitos de fluxos gravitacionais de alta densidade do tipo turbiditos hiperpicnais, cuja alimentação de sedimentos ocorreu diretamente a partir de cheias fluviais catastróficas. Os conceitos da estratigrafia de seqüências podem ser usados em seções rifte, desde que sejam considerados os controles tectônicos e/ou climáticos. Tratos de sistema transgressivo (TST), relacionados a períodos climáticos úmidos, representam fases de alto input de sedimentos siliciclásticos na bacia, com a acumulação de depósitos turbidíticos hiperpicnais, tipicamente enriquecidos em matéria orgânica continental. Em contraste, tratos de sistema de lago alto tardio (TSLA) correspondem a períodos climáticos secos, dominados por depósitos lacustrinos lamosos, ricos em matéria orgânica algálica e com gretas de ressecamento. Localmente, tratos de sistema de lago baixo (TSLB) dominados por evaporitos podem ocorrer. O clima e a tectônica foram os principais fatores controladores da sedimentação da bacia no intervalo estudado, refletindo também na hierarquia e freqüência das seqüências deposicionais. Este artigo reforça a importância de estudos sedimentológicos e estratigráficos integrando dados de afloramentos e de subsuperfície.
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