A evolução tectono-sedimentar e o habitat do óleo da Bacia do Ceará

Autores

  • Iran Garcia da Costa Petrobras
  • Carlos Vitor Beltrami Petrobras
  • Luiz Eduardo Martins Alves Petrobras

Resumo

A origem da Bacia do Ceará está relacionada à separação dos continentes africano e sul-americano. Sua evolução tectono-sedimentar iniciou-se no Eo-Aptiano com a deposição de sedimentos continentais, fluviais e lacustres da fase rift, prosseguiu com uma sedimentação fluvial, deltaica e lacustre da fase transicional e findou com uma fase de subsidência térmica, durante a qual importante transcorrência dextral e basculamento da bacia constituíram-se nos eventos tectônicos mais significativos. Essa última fase foi marcada por grandes ciclos transgressivo e regressivo, durante os quais se depositaram os sedimentos das formações Ponta do Mel, Ubarana, Guamaré e Tibau. Com a exploração sistemática da bacia, vários plays foram individualizados. Destacam-se os plays Turbidito, no qual se insere o Campo de Espada; Rotacional, que compreende o Campo de Xaréu; e Combinado, os campos de Atum e Curimã. Os melhores reservatórios da bacia são arenitos deltaicos da fase transicional, que produzem nos campos de Xaréu, Atum e Curimã, e que ocorrem intercalados aos melhores geradores da bacia. Devido à pobreza de dados geoquímicos das demais sub-bacias, concentram-se na área de Mundaú as maiores chances de sucesso exploratório, sendo que os maiores volumes de óleo a serem descobertos estão relacionados a turbiditos em águas profundas. Neste trabalho são propostos os termos ' Formação Mundaú", "Formação Paracuru", "Arenito Xaréu" e "Arenito Atum" para futura formalização.

Publicado

1990-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

COSTA, Iran Garcia da; BELTRAMI, Carlos Vitor; ALVES, Luiz Eduardo Martins. A evolução tectono-sedimentar e o habitat do óleo da Bacia do Ceará. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 65–74, 1990. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/501. Acesso em: 19 set. 2024.