A evolução tectono-sedimentar e o habitat do óleo da Bacia do Ceará
Resumo
A origem da Bacia do Ceará está relacionada à separação dos continentes africano e sul-americano. Sua evolução tectono-sedimentar iniciou-se no Eo-Aptiano com a deposição de sedimentos continentais, fluviais e lacustres da fase rift, prosseguiu com uma sedimentação fluvial, deltaica e lacustre da fase transicional e findou com uma fase de subsidência térmica, durante a qual importante transcorrência dextral e basculamento da bacia constituíram-se nos eventos tectônicos mais significativos. Essa última fase foi marcada por grandes ciclos transgressivo e regressivo, durante os quais se depositaram os sedimentos das formações Ponta do Mel, Ubarana, Guamaré e Tibau. Com a exploração sistemática da bacia, vários plays foram individualizados. Destacam-se os plays Turbidito, no qual se insere o Campo de Espada; Rotacional, que compreende o Campo de Xaréu; e Combinado, os campos de Atum e Curimã. Os melhores reservatórios da bacia são arenitos deltaicos da fase transicional, que produzem nos campos de Xaréu, Atum e Curimã, e que ocorrem intercalados aos melhores geradores da bacia. Devido à pobreza de dados geoquímicos das demais sub-bacias, concentram-se na área de Mundaú as maiores chances de sucesso exploratório, sendo que os maiores volumes de óleo a serem descobertos estão relacionados a turbiditos em águas profundas. Neste trabalho são propostos os termos ' Formação Mundaú", "Formação Paracuru", "Arenito Xaréu" e "Arenito Atum" para futura formalização.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 1990 Boletim de Geociências da Petrobras

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem obras derivadas do material em qualquer meio ou formato, desde que seja dada a devida atribuição ao criador. A licença permite o uso comercial.