Modelo deposicional dos reservatórios turbidíticos oligocênicos/eomiocênicos do Campo de Albacora, Bacia de Campos, Brasil

Autores

  • Carlos Emanoel de Souza Cruz Petrobras
  • Sílvlo Luiz Sobral Barrocos Petrobras
  • Ciro Jorge Appi Petrobras

Palavras-chave:

Campo de Albacora, Sequência de Bouma, fácies turbidíticas

Resumo

O Campo de Albacora, na Bacia de Campos, tem uma espessa coluna de óleo em turbiditos do Cretáceo Superior, Eoceno, Oligoceno e Mioceno. Os reservatórios oligocênicos/eomiocênicos apresentam as maiores espessuras e excelentes características de permoporosidade. As fácies arenito maciço e arenito com Sequência de Bouma foram consideradas as fácies turbidíticas principais; as fácies folhelho laminado, conglomerado residual, diamictito e lamito deformado foram grupadas como fácies acessórias; e, finalmente, sob a denominação de fácies associadas, ficaram as fácies marga bioturbada e contourito. As fácies turbidíticas, que formam os corpos reservatórios mais importantes, são observadas em dois sistemas distintos, quais sejam, os lobos não canalizados, formados em épocas de nível de mar descendente. e os lobos com canais superimpostos, construídos em épocas de nível de mar ascendente ou de menor suprimento sedimentar. Os não canalizados - os mais extensos do sistema – constituem as primeiras e mais volumosas corridas turbidíticas e são compostos por espessos e bem distribuídos corpos de arenitos maciços. Os lobos com canais superimpostos, por sua vez,  representam a retrogradação do sistema em direção ao talude. As fácies predominantes são os arenitos com Sequência de Bouma, que apresentam frequente interdigitação de finos e são cobertos por folhelhos laminados.  Nesses depósitos, os lobos e canais estão intimamente associados, lateral e verticalmente. Os conglomerados residuais associados aos diamictitos e lamitos deformados constituem os depósitos de taludes formados em nível de mar baixo. Os turbiditos do Campo de Albacora sofreram influência significativa não só de variação do nível do mar como também de tectônica salífera,  visto que o êxodo do sal em subsuperfície propiciou um incremento na subsidência, formando calhas receptivas.

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Publicado

1987-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CRUZ, Carlos Emanoel de Souza; BARROCOS, Sílvlo Luiz Sobral; APPI, Ciro Jorge. Modelo deposicional dos reservatórios turbidíticos oligocênicos/eomiocênicos do Campo de Albacora, Bacia de Campos, Brasil. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 215–223, 1987. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/550. Acesso em: 10 nov. 2024.