Bacia do Paraná
Resumo
No Brasil, poucos temas no campo das geociências têm sido tão discutidos quanto a estratigrafia da Bacia do Paraná. Desde a coluna estabelecida por White em 1908, passando por trabalhos no âmbito da PETROBRAS (Sanford e Lange, 1960; Northfleet et al. 1969; Schneider et al. 1974; Zalán et al.1986), da Paulipetro (Fúlfaro et al. 1980) e de pesquisas em diversas universidades, com enfoques variados, a visualização do relacionamento espaço-temporal das rochas sedimentares que preenchem esta sinéclise já produziu algumas dezenas de colunas formais, cada uma incorporando, a seu tempo, pontos que os respectivos autores julgavam como contribuições ao entendimento da Bacia do Paraná. A abordagem desta síntese não inclui uma revisão bibliográfica do tema, nem pretende discutir particularidades ou mesmo questões polêmicas que possam estar relacionadas a contextos locais dentro de uma imensa área de sedimentação. O objetivo é, em conjunto com a Carta Estratigráfica da Bacia do Paraná aqui apresentada, mostrar um resumo acerca das grandes unidades com representação e significado regionais componentes de seu registro sedimentar-magmático, e o relacionamento destas unidades com os megaestágios evolutivos da bacia, englobando informações disponíveis e geralmente aceitas pela comunidade geocientífica.
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