Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos
Palavras-chave:
radiolários, Cretáceo, Paleógeno, bacias sedimentares brasileirasResumo
Associações de radiolários do Cretáceo e Paleógeno foram reconhecidas pelo estudo de amostras provenientes de 19 poços exploratórios perfurados nas bacias de Pelotas, Santos, Campos, Espírito Santo, Mucuri e Sergipe. A distribuição dos radiolários ao longo das seções dos poços não é contínua, alternando-se intervalos muito ricos com outros mais pobres. A análise sistemática permitiu identificar representantes de três ordens, 40 famílias, 109 gêneros e 281 espécies. Dentre as espécies identificadas, foi possível reconhecer importantes táxons guias dos diversos andares do Cretáceo médio ao Superior (Aptiano-Maastrichtiano), bem como do Paleógeno (Paleoceno-Eoceno). A análise da distribuição estratigráfica dos táxons possibilitou a identificação de bioeventos, especialmente as primeiras e últimas ocorrências, que serviram de base para o reconhecimento das biozonas internacionais. Similaridade faunística foi observada com elementos das associações cretáceas da Califórnia (Estados Unidos), Norte dos Montes Apeninos (Itália), Cordilheira Bética (Espanha) e Plataforma Russa. As espécies do Paleógeno foram comparadas a elementos típicos das associações encontradas em sedimentos de regiões tropicais, tais como no Golfo do México, na Região Oriental de Cuba, nos mares do Caribe, nas Filipinas, na Região Central do Oceano Índico, no Pacífico Oriental e no Atlântico Norte Oriental e Ocidental. Diversos bioeventos significativos, identificados nos poços estudados, permitiram a correlação das associações das bacias brasileiras com o zoneamento padrão do Cretáceo e Paleógeno estabelecido para regiões de baixas e médias latitudes. Esta pesquisa reporta parte dos resultados obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto integrante da Rede de Micropaleontologia Aplicada: Projeto Radiolários - Prorad (Radiolários da Margem Continental Brasileira. Bioestratigrafia de alta resolução do Albiano ao Paleógeno), executado através de convênio entre a Petrobras e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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