A invenção da terra moderna por René Descartes: a difícil revolução científica das esferas terrestres
Abstract
Investigar a história da Geologia é uma atividade deveras complexa. Não apenas pela dificuldade metodológica de reconstruir a densidade do tempo passado a partir de registros fragmentados e esparsos – problema que também é próprio dos geólogos –, mas pela variedade de fontes que permitiram o desenvolvimento dos programas de pesquisa do planeta Terra, consignados pela Geologia moderna (Menegat, 2008). Essas vertentes desdobram-se desde os mitos e o racionalismo clássico, passando pelo ocultismo e a religião (Piccardi e Masse, 2007; Kolbl-Ebert, 2009), além das inúmeras técnicas que permitiram mensurar e estabelecer modelos pragmáticos para a exploração de bens naturais. Para aqueles que consideram que as tarefas da Geologia são apenas a descrição dos materiais do planeta, as fontes históricas dessa ciência são aquelas que dizem respeito ao desenvolvimento de tecnologias de exploração mineral. Nesse caso, a história da Geologia não passaria de um relato da invenção de técnicas como as de mapeamento geológico, de classificação de minerais, rochas e fósseis, de Geofísica, de Geoquímica, entre tantas outras.
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