Formação Sergi: evolução de conceitos e tendências na geologia de reservatórios

Authors

  • Carlos Petrobras
  • Luiz Petrobras

Keywords:

Formação Sergi, reservatórios

Abstract

Os arenitos e conglomerados da Formação Sergi (Jurássico Superior) são reconhecidos como principais reservatórios da Bacia do Recôncavo desde o início de sua exploração. Em função disso, mereceram a atenção de estudos sucessivos, sob enfoques e metodologias que refletem a evolução de conceitos na geologia de reservatório desde a década de 60, quando predominavam estudos baseados em análises granulométricas e zoneamentos calcados essencialmente em perfis elétricos, até a década de 80, com projetos multidisciplinares de grandes dimensões. Na visão mais atual, a Formação Sergi é descrita como uma sequência dominantemente arenosa, regionalmente contínua e acunhada para leste. Mostra um padrão geral granocrescente ascendente, gerado pela progradação de um complexo aluvial anastomosado, cuja dinâmica deposicional promoveu a intime amalgamação das unidades arenosas e a escassez de compartimentações depo­sicionais efetivas. A complexa divisão atualmente mostrada pelos reservatórios na escala de campo de petróleo é resultado de processos diagenéticos de atuação e distribuição tridimensionalmente  heterogêneas, em especial a infiltração mecânica de argilas detríticas, a cimentação por calcita e a subsequente geração de porosidade secundária pela dissolução parcial deste carbonato. Análises de regressão linear multivariada com dados petrográficos, petrofísicos e de produção salientam o estreito controle exercido pelos processos e componentes diagenéticos sobre a porosidade, a per­meabilidade e sobre o fator de recuperação da unidade em diversos campos. Trabalhos futuros deverão ter um sólido apoio na calibração composicional dos perfis e na análise da disposição e geometria da porosidade. 

Published

1987-06-01

Issue

Section

Articles

How to Cite

CARLOS; LUIZ. Formação Sergi: evolução de conceitos e tendências na geologia de reservatórios. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 25–40, 1987. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/515. Acesso em: 20 sep. 2024.