“Folhelhos verdes” carboníferos da Bacia do Solimões: cinzas vulcânicas (K-bentonitas)
Palavras-chave:
K-bentonita, cinza vulcânica, marco estratigráfico, Formação Juruá, Bacia do SolimõesResumo
Diversas camadas de K-bentonitas ocorrem intercaladas com as rochas sedimentares da Formação Juruá (Namuriano) na Bacia do Solimões, região Norte do Brasil. Suas espessuras variam de 1 a 15 cm, porém se estendem numa vasta área que compreende os campos de Rio Urucu, Leste de Urucu e Juruá.Apresentam contatos bruscos com os estratos adjacentes (carbonatos, folhelhos ou mesmo arenitos) e são facilmente identificáveis devido à sua cor verde-maçã típica, textura homogênea e tato sedoso.
Essas K-bentonitas são compostas quase que exclusivamente por um tipo de interestratificado ilita-esmectita ordenado ou por ilita discreta (politipo 1M). Ambos os argilominerais se formaram a partir da alteração de cinzas vulcânicas carboníferas. Anteriormente desconhecidas, tais camadas indicam uma rocha-fonte adicional de clastos para esta bacia àquela época. Devido à especificidade de sua origem, podem, portanto, vir a se tornar marcos estratigráficos úteis às correlações locais e regionais ao longo da Bacia do Solimões.