Turbiditos lacustres rasos e profundos na fase rift de bacias marginais brasileiras

Autores

  • Joel Carneiro de Castro Petrobras

Resumo

Na evolução da fase rift das bacias brasileiras identifica-se um estágio lacustre profundo, dominado por fluxos gravitacionais, sucedido por um estágio deltaico-lacustre raso, onde se registra a presença de lobos sigmoidais ou de turbiditos. Alguns trabalhos nas bacias do Recôncavo (flanco nordeste) e Potiguar (Campo de Upanema) atribuiram a esta última fácies uma origem profunda. Os turbiditos de ambos os estágios são representados por arenitos amalgamados, maciços a gradacionais, e por ritmitos arena-argilosos com aleitamento gradacional ou seqüência de Bouma Tac a Tce. A distinção entre os dois contextos está na organização seqüencial e nas fácies associadas: os de lago profundo apresentam perfil de raios gama em forma de "caixa", ao passo que os de lago raso fazem parte de sucessões cíclicas com "engrossa menta seguido de afinamento textuxral para cima", e podem estar associados a estruturas tracionais ou retrabalhadas por ondas. Do ponto de vista de reservatórios, os turbiditos da fase lacustre profunda, por serem mais antigos e sujeitos a uma diagênese severa (compactação e cimentação acentuadas). geralmente apresentam baixas porosidades. Os turbiditos de lago raso apresentam geometria lobada, como os lobos sigmoidais, e constituem bons reservatórios, devido a uma diagênese incipiente, provavelmente controlada pelo ambiente deposicional.

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Publicado

1992-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CASTRO, Joel Carneiro de. Turbiditos lacustres rasos e profundos na fase rift de bacias marginais brasileiras . Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1-2, p. 89–96, 1992. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/381. Acesso em: 20 set. 2024.