Sedimentologia e diagênese dos arenitos da formação Barro Duro (albiano), área oeste da Bacia de Barreirinhas

Autores

  • Dilce de Fátima Rosseti Museu Paraense Emílio Goeldi
  • Werner Truckenbrodt Universidade Federal do Pará

Resumo

A Formação Barro Duro da Bacia de 8arreirinhas representa uma seqüência siliciclástica de até 2000 m de espessura, constituída, principalmente, por arenitos e, subordinadamente, por folhelhos. Com base em descrições sedimentológicas de testemunhos, sete associações litofaciológicas foram estabelecidas, as quais correspondem aos seguintes ambientes: canal distributário, baía interdistributária, crevasse splay. barra de desembocadura,barra distai, prodelta e marinho raso. As evidências petrográficas demonstram que os arenitos, classificados predominantemente como arcósios, foram submetidos aos seguintes eventos diagenéticos (ordenados temporalmente): 1) infiltração mecânica de argila e bioturbação, 2) precipitação de calcita precoce, 3) formação de sobrecrescimentos de Quartzo e feldspato, 4) precipitação de clorita, 5) precipitação de calcita e dolomita ferrosas, 6) geração de porosidade secundária, 7) formação de minerais tardios incluindo caulinita,clorita, quartzo, feldspato, dolomita ferrosa/anquerita, siderita, pirita e minerais titaníferos e 8) desenvolvimento de filmes de óxido de ferro sobre siderita e dolomita ferrosa tardia, bem como a dissolução parcial destes carbonatos. A porosidade, predominantemente de origem secundária, .varia de menos de 1 % até 41 %.Teores superiores a 17% são relacionados principalmente às associações faciológicas de canal distributário e barra de desembocadura. Entretanto, mesmo em amostras representativas destes depósitos, valores baixos de
porosidade podem ser encontrados, principalmente devido a teores mais altos de cimento.

Publicado

1992-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ROSSETI, Dilce de Fátima; TRUCKENBRODT, Werner. Sedimentologia e diagênese dos arenitos da formação Barro Duro (albiano), área oeste da Bacia de Barreirinhas. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 6, n. 3-4, p. 201–221, 1992. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/388. Acesso em: 20 set. 2024.