Estudo das taxas de sedimentação das formações Teresina e Rio do Rasto - Bacia do Paraná
Resumo
A constatação de que as duas unidades litoestratigráfricas superiores da até então considerada Seqüência Permocarbonífera da Bacia do Paraná teriam sido depositadas num curtíssimo período de tempo geológico, levando-se em conta os dados biocronoestratigráficos geralmente adotados, levou os autores a questionarem a validade desse posicionamento. Estas duas unidades estratigráficas apresentam altíssimas taxas de sedimentação (150 a 500 m/M.a.), muito acima da média calculada para as unidades a elas solopastas: em torno de 60 m/M.a. Em geral, altas taxas de sedimentação (acima de 100 m/M.a.) estão associadas à deposição em bacias tipo rift, não sendo admissíveis na Bacia do Paraná, naquela idade. Datações recentes da Formação Corumbataí, em São Paulo, posicionam-na no Triássico-Carniano (?) -, com base em paleoictiofauna. Usando-se este dado, chega-se a velocidades mais baixas de sedimentação (40 á 50 m/M.a.) e mais próximas às taxas das demais unidades estratigráficas que compõem o pacote sedimentar da Bacia do Paraná. O objetivo principal deste trabalho é, portanto, trazer à comunidade científica,
principalmente àquela que pesquisa o Permotriássico do Gonduana, evidências estratigráficas e sedimentológicas que sugerem idades mais novas para as formações Teresina e Rio do Rasto, compondo a Seqüência Permotriássica da Bacia do Paraná. Foram utilizadas as técnicas computacionais dos programas Backstripping e Geohistória do BaSS (Basin Simulation System), desenvolvido pelo Grupo de Modelagem de Bacias da PETROBRAS/CENPES/ DEPEX. (Originais recebidos em 22.10.90).
Referências
e Almério Barros França2