Parâmetros controladores da porosidade e da permeabilidade nos reservatórios clásticos profundos do Campo de Merluza, Bacia de Santos, Brasil

Autores

  • Cristiano L. Sombra Petrobras
  • Luci M. Arienti Petrobras
  • Márcio J. Pereir Petrobras
  • Jullano M. Macedo Petrobras

Resumo

Os arenitos turbidíticos cretácicos (Turoniano), da Formação Itajaí/Membro Ilhabela, apresentam porosidade média de 21% a 4700 m de profundidade, no poço 1-SPS-20 (Campo de gás de Merluza, Bacia de Santos). No poço 1-SPS-25, que perfurou estrutura adjacente à de Merluza, estes arenitos encontram-se também saturados de gás com porosidade média de 16% na profundidade de 4 900 m. Estas porosidades são muito superiores às porosidades médias de reservatórios brasileiros situados a tais profundidades. A porosidade, quase que totalmente intergranular, é considerada predominantemente de origem primária. A preservação da porosidade se deu devido ao desenvolvimento de espessas franjas de clorita em estágio diagenético precoce, as quais inibiram a dissolução por pressão e a precipitação de cimentos. Por outro lado, os arenitos da base da Formação Juréia, a 4450 m, no poço 1-SPS-25, apresentam porosidade média de apenas 12%. Constituem depósitos de plataforma rasa, possivelmente de complexo de ilhas de barreira. A inexistência das franjas de clorita nestes arenitos propiciou uma maior atuação da compactação química e da cimentação silicosa, o que resultou em maior destruição da porosidade. A composição detrítica do arcabouço e o ambiente deposicional foram os principais fatores controladores da diagênese e da preservação da porosidade dos arenitos do Membro Ilhabela e da base da Formação Juréia.

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Publicado

1990-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

SOMBRA, Cristiano L.; ARIENTI, Luci M.; PEREIR, Márcio J.; MACEDO, Jullano M. Parâmetros controladores da porosidade e da permeabilidade nos reservatórios clásticos profundos do Campo de Merluza, Bacia de Santos, Brasil . Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 4, n. 4, p. 451–466, 1990. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/430. Acesso em: 20 set. 2024.