Tipos e distribuição de porosidade nos arenitos do Membro Maceió, Cretáceo da Bacia Sergipe-Alagoas, NE do Brasil
Resumo
foram estudadas em 51 testemunhos na parte alagoana da Bacia Sergipe-Alagoas. Os arenitos do Membro Maceió são arcósios e atingem espessuras superiores a 5 000 m em direção ao mar. O Membro Maceió contém sete fácies que variam de leques aluviais a leques submarinos e inclui ambientes lacustre e evaporítico. Cento e treze lâminas delgadas de plugues cortados de testemunhos foram utilizadas para quantificar sistematicamente 12 tipos de poros e suas dimensões, e identificar uma seqüência diagenética de 13 fases mineralógicas. Através da aplicação de regressão multivariada foram determinadas as melhores variáveis que controlam permeabilidades em plugues: poros intergranulares limpos, intergranulares com sólidos residuais e intergranulares limpos com cimento carbonático. Foram feitas mais de 380 análises difratométricas de argilas que contribuíram no estabelecimento da história diagenética. As conclusões mais importantes foram as seguintes: as melhores porosidades e permeabilidades estão no topo do Membro Maceió e os maiores valores ocorrem no Maceió raso e próximo de seus afloramentos. A porosidade intergranular secundária é predominante em todo o topo do Maceió, sendo o melhor controlador da permeabilidade. A maior parte desta porosidade intergranular, especialmente onde o Maceió é raso, formou-se pela ação de água meteórica. Entretanto. uma parcela menor desta porosidade possivelmente formou-se pela ação de ácidos orgânicos, onde o Maceió está profundamente soterrado.