Evolução tectono-sedimentar e perspectivas exploratórias da Bacia de Taubaté, São Paulo, Brasil
Resumo
Na região do Planalto Atlântico, entre as serras do Mar e da Mantiqueira, estabeleceram-se no Meso (?)/Cenozóico as bacias de São Paulo, Taubaté e Resende, relacionadas ao campo de tensões que originou a margem continental sul-brasileira. A Bacia de Taubaté, dentre elas a mais desenvolvida sob o ponto de vista tectono-sedimentar, 1em área aproximada de 2 500 km2 e profundidade máxima do embasamento em torno de 850 m. Trata-se de um gráben alongado na direção NE-SO, condicionado pela estruturação pré-cambriana impressa no embasamento. É limitado ao norte, no sopé da Mantiqueira, pelo falhamento transcorrente de Buquira e, ao sul, pela falha transcorrente do Alto de Fartura. Os dados sísmicos levantados pela PETROBRÁS em meados de 1988 mostram que o arcabouço da Bacia de Taubaté é definido por duas classes principais de feições estruturais: falhas transcorrentes dextrógiras atingindo toda a seção sedimentar e orientadas no sentido longitudinal da bacia, e falhas normais transversais à bacia, compartimentando-a em seis sub-bacias, denominadas Parateí, Jacareí, Eugênio de Melo, Quiririm, Roseira e Lorena. Os dados sísmicos caracterizaram a presença de duas unidades deposicionais, aqui denominadas "unidade sísmica A" e "unidade sísmica B", desconhecidas até então, posicionadas estratigraficamente abaixo do Grupo Taubaté. Limitando as unidades A e B ocorre um horizonte com alto contraste de impedância sísmica, interpretado como um sill de diabásio. A interpretação mostrada neste trabalho é pioneira em termos dos dados sísmicos da Bacia de Taubaté.
