Bioestratigrafia dos nanofósseis quaternários da Bacia de Campos

Autores

  • Rogério Loureiro Antunes Petrobras

Resumo

Estudos bioestratigráficos, com base em nanofósseis calcários de amostras provenientes da seção quaternária das bacias de Campos e Santos, permitiram o reconhecimento de sete intervalos bioestratigráficos. Tais intervalos (nomeados de A a G) encontram-se alicerçados, principalmente, em eventos biológicos de extinção, surgimento e predominância (zona de abundância) de taxa considerados cosmopolitas. Em face disso, quase todos os intervalos reconhecidos têm identidade com biozonas já descritas na literatura para esta faixa do tempo geológico, o que facilita sua correlação com unidades magnetoestratigráficas e a inferência de idades absolutas para seus limites. Contudo, o intervalo D não foi registrado consistentemente. Diante das observações feitas, é possível que um maior fatiamento da seção seja possível. Este detalhamento estaria respaldado principalmente, pelo surgimento de Helicosphaera inversa (no intervalo C) e H. carleri var. wallichii forma B (na base do intervalo F), e pela abundância de H. carleri s.l. (no intervalo G). Além destes, é possível, ainda, que outras subdivisões sejam delineadas, mediante investigações quantitativas. Contudo, tais subdivisões, que estariam fundamentadas em concentrações "anômalas" de determinadas espécies, teriam forte conotação ambiental. Este é o caso, por exemplo, das acentuadas variações de freqüência absoluta de Coccolithus pelagicus detectadas, por enquanto, nos intervalos F e G. De acordo com a literatura, esta espécie tem maior proliferação durante as épocas glaciais. (Originais recebidos em 06.10 93).

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Publicado

1994-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ANTUNES , Rogério Loureiro. Bioestratigrafia dos nanofósseis quaternários da Bacia de Campos. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2-4, p. 295–313, 1994. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/489. Acesso em: 20 set. 2024.