O "estado da arte" da Bacia do Recôncavo

Autores

  • Clovis Francisco Santos Petrobras
  • José Ayrton Estrela Braga Petrobras

Resumo

A fossa do Recôncavo abrange uma área com mais de 10000 km2 e é composta por um meio-gráben, alongado na direção NE-SW, estando o pacote sedimentar mergulhando para SE. A gênese deste rift está relacionada a esforços distensivos de direção NW-SE que atuaram no Continente de Gondwana durante o Mesozóico. Sua sedimentação pode ser subdividida em duas grandes seqüências: a Seqüência Pré-rift e a Seqüência rift. A primeira é o registro de uma sedimentação sub-aérea que foi sendo progressivamente afogada, culminando em uma sedimentação lacustre (formações Aliança, Sergi, Itaparica e Membro Tauá da Formação Candeias), A Seqüência rift inicia com depósitos de folhelhos e calcários intercalados (Formação Candeias), associados a depósitos turbidíticos, e evolui para uma sedimentação deltaica (Grupo Ilhas). A colmatação final da fossa está representada por uma sedimentação fluvial (Formação São Sebastião). As acumulações de hidrocarbonetos estão distribuídas por toda coluna sedimentar, em 15 diferentes plays produtores. O volume provado para essa bacia é de 680 milhões de m3 de óleo e 30 bilhões de gás não-associado. Embora o adiantado estágio exploratório da bacia. algumas áreas ainda não estão suficientemente exploradas. O esforço atual é de melhoria de qualidade sísmica e a busca de trapeamentos sutis, mistos e estratigráficos, em boa parte da bacia.

Publicado

1990-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

SANTOS, Clovis Francisco; BRAGA, José Ayrton Estrela. O "estado da arte" da Bacia do Recôncavo. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 35–43, 1990. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/502. Acesso em: 20 set. 2024.