A Bacia de Santos: perspectivas de uma nova província petrolífera na plataforma continental sudeste brasileira

Autores

  • Mareio José Pereira Petrobras
  • Juliano Magalhães Macedo Petrobras

Resumo

A Bacia de Santos apresenta uma área explorável de 130 000 km2 (180 x 700 km) entre a Charneira Cretácea e a isóbata de 2 000 m. A espessura sedimentar pode atingir de 10 a 12 km nos depocentros. Apesar do arcabouço tectônico da bacia ser pouco conhecido, assim como os sedimentos da fase rift, infere-se um caráter transtensional para o mesmo. Na seção pós-rift cinco províncias de estruturas gravitacionais halocinéticas são bem caracterizadas, as quais modelam, de forma marcante, o pacote estratigráfico da bacia. Os hidrocarbonetos recuperados na bacia mostram-na com uma forte vocação para petróleos muito leves até isóbatas em torno de 400 m. Em lâminas d'água maiores estima-se a ocorrência de óleos menos maturos. Um gerador pré-sal seria, hipoteticamente, o responsável pelos hidrocarbonetos encontrados. Os dois principais objetivos exploratórios, até a lâmina d'água de 400 m, são calcarenitos oollticos do Albiano Inferior e arenitos turbidíticos do Turoniano Superior, amplamente distribuídos na área. Ambos são plays muito profundos, ocorrendo comumente em profundidades maiores que 4 500 m. No talude continental e bacia profunda outros plays importantes são arenitos turbiditicos do Cretáceo Superior e Terciário. A exploração da Bacia de Santos, iniciada no final da década de 50, e com ampla contribuição dos contratos de risco, encontrava-se em uma fase de relativo pessimismo até 1984, quando a Pecten descobriu o campo de gás de Merluza. Em 1987, a PETROBRAS descobriu a acumulação de Tubarão, melhorando ainda mais as expectativas da área e tornando-a um de seus principais alvos exploratórios.

Publicado

1990-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

PEREIRA , Mareio José; MACEDO, Juliano Magalhães. A Bacia de Santos: perspectivas de uma nova província petrolífera na plataforma continental sudeste brasileira. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 3–11, 1990. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/504. Acesso em: 20 set. 2024.