Comportamento geotérmico regional e provável movimentação de fluidos na bacia do Parnaíba, Maranhão

Autores

  • Sylvio Geraldo Zembruscki Petrobras
  • Jorge Nelson dos Prozeres Campos Petrobras

Resumo

Estudaram-se os parâmetros geotérmicos da Bacia do Parnaíba, associando-se o resultado com a interpretação hidrodinâmica de CAMPOS (1985).Buscou-se relacionar as anomalias presentes tanto com a litoloqia da sequência sedimentar, como com a proximidade do embasamento e/ou com o calor emanado da litosfera. Pela movimentação de fluidos em subsuperfície e pela localização dos efeitos direcionais, foram deduzidas as áreas de recarga de fluidos. A Bacia do Parnaíba caracteriza-se por uma condição térmica mais elevada que suas congêneres intracratônicas paleozóicas (MEISTER, 1973; ZEMBRUSCKI, 1984a), indicando a ocorrência de algum fator anômalo atuante. As causas que nos parecem as principais são: (1) a espessa sequência de elásticos grosseiros pouco compactados na metade superior da coluna, o que, provavelmente, dificulta o trânsito vertical de calor; (2) a sequência de folhelhos devonianos e a presença de outros folhelhos capeadores , isolantes de calor. Os padrões geotérmicos e hidrodinâmicos observados devem também ser resultantes da natureza intracratônica e da idade paleozóica da bacia, indicando um regime hidrodinâmico centrípeto. dito maturo: águas superficiais frias penetram pelas litoloqias amplamente aflorantes ao longo de quase toda a sua borda leste e sul; ao atingirem maiores profundidades, em direção ao depocentro da bacia (mais ou menos centrado com relação à sua forma atual), as águas são aquecidas, sofrem convecção e têm revertido seu movimento de fluxo, tendendo a ascender à superfície. As zonas intermediárias parecem as de melhores possibilidades de armazenar fluidos menos densos, como os hidrocarbonetos.

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Publicado

1988-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ZEMBRUSCKI, Sylvio Geraldo; CAMPOS, Jorge Nelson dos Prozeres. Comportamento geotérmico regional e provável movimentação de fluidos na bacia do Parnaíba, Maranhão. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2-4, p. 133–145, 1988. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/535. Acesso em: 10 nov. 2024.