Estratigrafia e ambiente deposicional do Grupo Itararé (Permocarbonífero), Bacia do Paraná (parte.2)
Palavras-chave:
Bacia do ParanáResumo
Este trabalho sintetiza os resultados de análise petrográfica e de reservatórios do Grupo Itararé (Permocarbon ífero), Bacia do Paraná. Os resultados de análise estratigráfica e ambiental (Parte 1) foram publicados no volume 2, n. 2-4 desta revista. O Grupo Itararé possui basicamente dois tipos de arenitos: um com muita matriz argilosa, e pouca ou nenhuma porosidade, e acima de 50 unidades API no perfil de raios gama, o outro com baixo teor argiloso, porosidade de 5 a 30% e com menos de 50 unidades API. Estes arenitos porosos constituem os reservatórios do Grupo Itararé e são os objetivos principais deste trabalho. A porosidade nos reservatórios do Grupo Itararé é predominantemente intergranular secundária por dissolução de cimento carbonático, e secundariamente de feldspatos e fragmentos líticos instáveis. A dissolução ocorreu devido à ação de ácidos orgânicos liberados durante a fase inicial de termomaturação da matéria orgânica. É proposto que essa maturação teve início no Jurássico-Cretáceo, quando a bacia foi afetada por uma anomalia térmica regional, devido a afinamento crustal durante o rifteamento continental do Gonduana e abertura do Oceano Atlântico. O cimento predominante nos reservatórios do Grupo Itararé é composto por anidrita e dolomita ferrosa, ambos precipitados provavelmente após a criação da porosidade secundária. Em menor proporção ocorrem dolomita, clarita e quartzo, sendo que clarita ocorre preferencialmente a profundidades maiores que 3 000 m.
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