Formação Piaçabuçu, Membro Calumbi, Bacia Sergipe-Alagoas: análise estatística dos dados exploratórios

Autores

  • Benito Morelli Petrobras

Resumo

O Membro Calumbi da Formação Piaçabuçu ocorre em uma grande área da bacia, especialmente na porção marítima. Caracteriza-se por uma espessa (0,6 a 2,9· km) seção argilosa com menos de 1 % de arenito turbidítico sob a forma de delgadas intercalações lenticulares. O potencial petrolífero desta unidade é atestado pelo Campo de Guaricema (reservas recuperáveis de 7 x 106 m3 de óleo), outros campos expressivos e numerosas ocorrências de óleo, subcomerciais devido a depleção. O grande problema exploratório é que ainda não se consegue prever com segurança a ocorrência de corpos arenosos, visto que os mesmos são delgados, de pequena extensão e não mostram bom contraste sísmico. Por meio de um estudo estatístico-geológico de todos os arenitos e testes realizados, procura-se projetar, à luz dos conhecimentos atuais, uma perspectiva realística do potencial petrolífero do Membro Calumbi para as áreas com boa amostragem, auxiliando a tomada de decisão sobre o prosseguimento da pesquisa nesta unidade. Ao se perfurar um poço, tem-se 50% de probabilidade de encontrar pelo menos uma camada arenosa com espessura maior que 5 me 16% com espessura maior que 10 m. A maioria dos arenitos são cretácicos, e a metade testada apresenta pressão anormalmente alta. Apenas 22% dos testes não são depletivos. Pela análise histórica, a probabilidade de descobrir petróleo comercial com a perfuração de um pioneiro é de 6,6%. 

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Publicado

1989-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

MORELLI, Benito. Formação Piaçabuçu, Membro Calumbi, Bacia Sergipe-Alagoas: análise estatística dos dados exploratórios. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1-2, p. 43–48, 1989. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/559. Acesso em: 20 set. 2024.