Estudo preliminar da ocorrência de gás sulfídrico na Bacia Potiguar - Nordeste do Brasil
Resumo
A perfuração, completação e produção de poços de petróleo em áreas geológicas portadoras de gás sulfídrico é problemática e onerosa, constituindo grande desafio para a indústria petrolífera. Dentre os problemas causados pelo H2S, o alto poder corrosivo nos equipamentos e sua elevada toxicidade são os mais preocupantes. Na Bacia Potiguar, Nordeste do Brasil, esse gás ácido é reconhecido na porção submersa (área de Pescada - teores de até 50 ppm) e na parte emersa (campos de Canto do Amaro, Macau, Fazenda Pocinho/Palmeira, Salina Cristal/Conceição, Estreito/Rio Panon, Monte Alegre e Guamaré - teores de até 6 000 ppm). A análise dos dados disponíveis permitiu interpretar que os processos geradores desse gás são distintos para o Campo de Pescada e os demais campos da bacia que contêm gás sulfídrico. No primeiro, os compostos sulfurosos presentes na matéria orgânica dos folhelhos geradores da Formação Pendência, submetidos à maturação termal (temperatura superior a 170°F) foram, possivelmente, os principais responsáveis pelo H2S associado ao óleo nos reservatórios arenosos dessa unidade estratigráfica. Na parte terrestre, a existência de óleos biodegradados e alterados nos reservatórios arenosos da Formação Açu -
reconhecidamente excelente aqüífero em condições hidrodinâmicas, submetidos à temperatura média de 115°F e com presença de nutrientes orgânicos e inorgânicos, sugere que o H2S foi gerado pela ação de bactérias redutoras de sulfato, após o óleo ter sido acumulado nesses reservatórios.
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