Análise estratigráfica e estrutural da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil: integração a partir do levantamento sísmico pioneiro 0295_RIO_DO_PEIXE_2D

Autores

  • Valéria Centurión Córdoba Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Alex Francisco Antunes Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Emanuel Ferraz Jardim de Sá Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Ajosenildo Nunes da Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Debora do Carmo Sousa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Fernando Antônio Pessoa Lira Lins Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Bacia do Rio do Peixe, rifte neocomiano, semi-gráben

Resumo

As Bacias Interiores do Nordeste correspondem a um conjunto de remanescentes de bacias situadas ao sul da Bacia Potiguar, encaixadas no embasamento cristalino pré-cambriano da Província Borborema. Essas bacias foram originadas durante o rifteamento eocretáceo que moldou a atual margem continental do Nordeste brasileiro. Além do interesse exploratório, as Bacias Interiores constituem análogos de terreno para melhor compreensão das bacias da margem continental, sendo este um dos objetivos do Projeto Bacias Interiores. Através do convênio firmado entre a Petrobras, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica da UFRN, foi possível fazer o levantamento sísmico na Bacia do Rio do Peixe, objeto deste trabalho. Somadas aos dados de campo e gravimétricos, as seções sísmicas possibilitaram uma visão aprimorada da arquitetura tridimensional da Bacia do Rio do Peixe. Nesta bacia, a combinação do nível de erosão atual com a geometria das falhas principais evidencia a existência de diferentes semi-grábens (Pombal, Sousa, Brejo das Freiras), cujo preenchimento sedimentar (excluídos depósitos cenozóicos) constitui o Grupo Rio do Peixe, englobando as formações Antenor Navarro (leques aluviais/fluvial entrelaçado), Sousa (lacustre raso/planície de inundação) e Rio Piranhas (leques aluviais/fluvial entrelaçado). A integração dos dados estruturais permite caracterizar uma cinemática de distensão NW para o evento rifte, responsável pela nucleação de falhas controladas pela estruturação do embasamento, em particular a localização e o mergulho da foliação nas zonas de cisalhamento brasilianas. Com base no estilo estrutural e feições petrográfico-diagenéticas, podem ser inferidas dimensões originais mais amplas para a Bacia do Rio do Peixe e homólogas na região, as quais foram reduzidas (com exposição dos altos do cristalino) pela expressiva erosão que ocorreu em idade tardi a pós-rifte e em etapas subseqüentes.

Downloads

Publicado

2005-05-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CÓRDOBA, Valéria Centurión; ANTUNES, Alex Francisco; SÁ, Emanuel Ferraz Jardim de; SILVA, Ajosenildo Nunes da; SOUSA, Debora do Carmo; LINS, Fernando Antônio Pessoa Lira. Análise estratigráfica e estrutural da Bacia do Rio do Peixe, Nordeste do Brasil: integração a partir do levantamento sísmico pioneiro 0295_RIO_DO_PEIXE_2D. Boletim de Geociências da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 53–68, 2005. Disponível em: https://bgp.petrobras.com.br/bgp/article/view/282. Acesso em: 19 set. 2024.